sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Minha história - Capítulo 2

Capítulo 2

            Tinha de ir para casa, mas também queria saber o nome do meu colega de carteira nas aulas de história. Entrei no metro e vi a Vi a ir embora toda sorridente. O plano era descobrir o nome dele. Até já estava a imaginar: eu, no dia seguinte, chegar ao pé dele, chamar pelo seu nome e ele ficar de boca aberta! Bem, não era bem assim, mas iria ser parecido.
            A Vi era uma óptima amiga. Ela conhecia muitos alunos da nossa escola, mesmo tendo só dito um Olá, nunca esquece as suas caras ou seus nomes – era mais uma vantagem de ser locutora da rádio da escola: conhecer toda a gente, fazer amizades muito rapidamente e conhecer os cantos todos à escola, incluindo esconderijos de dinheiro e, principalmente, de chaves (os locutores das escolas, normalmente, tendem a andar de um lado para o outro, o que fazia que, por acaso, ouvissem uma conversa ou outra acerca dos tais esconderijos das chaves entre outras coisas.
 O plano era o seguinte: ela ia á escola, infiltrava-se na secretaria e começaria a procurar a ficha do general, pelo menos tentar.
            Ela dizia que o fazia porque desconfiava que ele não era quem afirmava ser e adorava sempre um bom caso para desvendar. Eu só concordava com isto, para não ter de sair com ele. Tinha uma forte tentação de saber o seu nome, queria mesmo saber, mesmo havendo algo dentro de mim que me dizia para não me colocar com ele. Vi estava pronta para a personalidade de Sherlock Holmes, ou seja, constantemente a falar comigo ao telemóvel, entrada na escola sorrateiramente e se possível tentar não ser apanhada.
Cheguei a casa dos meus avós. Tinha as paredes todas brancas e algumas linhas castanhas. Tinha-me mudado para cá por causa do divórcio dos meus pais. Eles discutiam a todas as horas e, segundo os especialistas, aquele ambiente não era bom para mim. Vim então para casa dos meus avós maternos – pois, os meus outros avós já haviam morrido. A casa não era como uma casa moderna, mas sim uma casinha simples de antigamente, ou seja, o tecto não era muito alto. Tinha dois andares e o mais importante: o meu quarto era bastante confortável, apesar de não ser muito grande. Tinha uma boa vista para o campo da janela do meu quarto e sabia que estava segura nas mãos dos meus avós.
A minha avó chamava-se Linda Jackson e o meu avô Peter Jackson. Tinha o nome do lado da minha mãe, o que nem me importava nada de nada. Adorava os meus avós e sinceramente, achava que do lado do meu pai e dos meus outros avós (que nunca chegara a conhecer), não herdara nada. O meu cabelo era castanho-escuro tal e qual como o da minha mãe, o formato e a cor dos meus olhos eram tais e quais iguais ao do meu avô. E o formato da minha boca e a forma como ria era tal e qual igual à minha avó. Portanto, achava que aquele – sempre desconfiara – não era o meu pai, apesar de a minha mãe, garantir que sim.
            Entrei na cozinha e lá estava a minha doce avó a fazer as suas famosas bolachas de chocolate. Assim que se apercebeu da minha presença, virou-se para mim e veio a correr abraçar-me.
            - O que se passa? – Perguntei. Era estranho ela estar a agir assim.
            Começou a derramar lágrimas nos meus ombros. Abracei-me a ela com toda a força.
            - O teu avô …
            Nem era preciso dizer mais nada. Estava a adivinhar o que ela iria dizer. Mas como é que era possível. Eu conhecia o meu avô e sabia que ele tinha saúde de ferro, até tinha saúde a mais, dava para dar e vender! Até o médico se admirava de com 67 anos o meu avô corria, fazia exercício físico, cozinhava, parecia um jovem igual a mim! E seu espírito ainda era mais jovem que o meu, estava sempre a desafiar-me para correr, para jogar cartas ou ir dar um passeio com uma colega. Eu adorava-o. O meu avô substituía o meu pai (o que eu nunca gostei) e considerando-o como tal. Era o melhor pai do mundo! Levava-me onde eu queria, comprava-me por vezes o que queria, estava sempre a perguntar como estava a escola e aquelas coisas que os pais perguntam. Era um espectáculo, antes de isto acontecer (a sua morte), considerava-me a rapariga com mais sorte do mundo por ter um avô como este. Mas como a Vi diz: tudo tem um fim, principalmente as coisas boas. E pelos vistos, tinha razão.
            Sem ordenar ao meu corpo, as lágrimas começaram a correr pela minha face. Abracei a minha avó ainda com mais força. Sentia um vazio no coração como se tivessem a roubar um grande pedaço deste. A minha avó largou-me e tentou conter as suas lágrimas. Arranjou o cabelo e falou, ainda a soluçar:
            - O teu avô … quando ia buscar algo para ti, uma coisa que ele andava a trabalhar há muito tempo … ele morreu.
            - Como? Quem?
            - A polícia não sabe. Dizem que ele foi morto a tiro. Não sei nada … - A minha avó deixou-se cair no chão. De imediato abracei-a tentando não reconfortar só a ela, como a mim.
            - Avó vá lá, não podes ficar assim. – Disse, soluçando.
            Estivemos durante uma hora a falar sobre o avô, enquanto tentávamos jantar, mas era difícil – eu não tinha fome nenhuma e a minha avó muito menos. A polícia também já tinha telefonado. Não havia provas nenhumas que pudessem ligar ao atacante, não havia testemunhas. A rua onde morrera estava vazia, mas havia um rapaz chamado Sean que tinha ouvido um tiro, fora ele que descobrira o meu avô morto e foi ele que chamou as autoridades. Assim que elas chegaram, o rapaz teve que ter um interrogatório e de seguida iriam falar com os seus tutores. Deram-nos a morada dele para o caso de quiséssemos falar alguma coisa com ele e eu sem dúvida iria falar com ele, mas a minha avó preferiu guardar a conversa para outro dia, não iria aguentar tanta coisa para um só dia.
            Fui, então, para o quarto descansar e foi quando o meu telemóvel vibrou. A Vi! Tinha-me esquecido completamente dela com a história do meu avô.
            - Estou? – Disse.
            - Tenho boas e más notícias, quais queres primeiro? – Disse do outro lado com a voz a tremer.
            - As boas. – Afirmei. Já tinha recebido notícias más suficientes para um dia.
            - Descobri o nome dele, tem um nome normal. Nada nome de espião como James Bond ou isso. Chama-se Sean.
            O meu coração ia-me caindo das mãos. O telemóvel escorregou-me das mesmas, caindo no chão, assim que ouviu o nome Sean. Será que fora ele que ajudou o meu avô? Será que fora ele que ouviu o tiro? Ou pior, podia ter sido ele a matar o meu avô e dizer que tinha ouvido o tiro. Mas porque é que ele faria isso? Não encontrava explicação. Voltei – em parte – ao normal e agarrei o telemóvel, até que passado segundos a Vi falou:
            - Olá? Terra chama florzinha
            - Sim … sim, estou bem. Tens a certeza? – Perguntei com a voz mais fina. – Pode ser outro Sean e não ele.
            - Quê? – Engasgou-se. Estava a imaginar a cara dela, apesar de mudar de personalidade, aquele Quê?, nunca iria mudar. – Tu estás mesmo bem? Vi os ficheiros da nossa turma. Eu conheço os nomes de todos da nossa turma o único que não reconheci foi Sean!
            - Ok, ok. Está bem. Mas quais são as notícias más?
            - Fiquei presa na secretaria. As portas estão trancadas, porque deixei a chave do lado de fora e o guarda esteve aqui, viu-as e levou-as, e também devo mencionar que ficou desconfiado, mas não me viu, graças ao meu disfarce de homem-invisível. E mais uma coisa, dar um salto pela janela não me está a apetecer muito.
            Não podia ser! Não hoje! Mas o que é que mais irá acontecer?, pensei.
            - Ok. Eu vou já para aí.
            - Despacha-te, aqui está escuro e o meu sentido Catwoman não está muito apurado.
            Desligou.
            Tinha de arranjar uma desculpa para sair. Não podia dizer á minha avó que iria sair para ir resgatar a Vi da secretaria, no qual era o sítio onde não devia estar e no qual andou a vasculhar os ficheiros dos alunos e um deles chamava-se Sean, o mesmo nome do rapaz que ajudou o meu avô! Tinha de arranjar alguma ideia.
            Desci as escadas à pressa, fui à cozinha onde a minha avó estava sentada a conter as lágrimas. Engoli a seco e disse – quase sem medo:
            - Posso ir ter com a Vi? – Ela levanta a cabeça e olha para mim com os olhos todos vermelhos e espantados. – É que eu preciso de um ombro amigo e a Vi parece-me a melhor escolha.
            - Está bem, eu vou lá levar-te. – Sorriu, levantando-se.
            - Nós combinamos encontrar-nos na escola. – Disse de imediato.
            Noutro dia qualquer a minha avó iria ficar desconfiada, mas naquele momento era uma excepção. Ela nem se quer conseguia pensar direito. Sentia-me um pouco mal por deixar a minha avó sozinha, quando, principalmente, o meu avô tinha morrido. Mas não podia deixar a Vi presa na secretaria. A minha avó sempre estivera com o meu avô desde os seus 16 anos de idade, nunca tivera outro namorado ou sequer um amante. O amor deles era como num filme: infinito, por isso, podia imaginar um pouco, ou mentalizar-me – pelo menos – um pouco da sua dor.
            A minha avó parou atrás da escola.
            - Eu vou a casa da Rosie. Ela pediu-me para ir lá. – Disse a minha avó. – Depois vou-te buscar a casa da Violeta assim que sair de casa dela.
            Acenei com a cabeça. Agarrei a minha bolsa e caminhei para a frente da escola.
            Para minha sorte é que a Rosie adorava falar bastante e agora que o tema era o meu avô e os sentimentos da minha avó, demoraria ainda mais. Rosie era uma espécie de psicóloga, melhor amiga, concelheira a minha avó e era super directa. Odiava esconder o que pensava e o que sentia. Era a irmã do meu avô, no qual era mais nova 4 anos que ele.
Tinha pelo menos duas horas para resgatar a Vi e ir para casa dela. Assim que avistei o portão, senti um arrepio percorrendo-me a espinha. O telemóvel vibrou. Era a Vi, falava baixinho.
            - Demoras? Não é para te assustar, mas eu ouvi um barulho nos corredores.
            - Calma! Deve ser o guarda da escola.
            - Não me reconforto com essa resposta, pode ser um ladrão!
            Por vezes a mente da Vi espantava mesmo. Ela sabia tão bem quanto eu, que o guarda da nossa escola, vigiava tudo a pente fino. Mesmo dentro dos corredores, fora da escola e até nas casas de banho. O guarda chamava-se Joe e era gordo se ele me visse, acho que me conseguia desembaçar-me correndo, mesmo tendo o receio de ele me apontar uma arma e disparar, pois ele estava ali porque saiu da esquadra devido à sua perna manca – pelo menos era uma das muitas histórias que ele contava.
            - Descansa, eu já estou em frente do portão. – Respondi e ela desligou.
            Olhei lá para dentro. O pôr-do-sol já se tinha deitado. Uma rajada de vento empurrou os meus cabelos para trás. Vi uma luz a brilhar dentro de uma sala no segundo andar, era a velha lanterna do Joe.
            - O que andas aqui a fazer? – Surgiu uma voz por de trás de mim.
            Estava para dar um grito, mas coloquei a mão em frente da boca para não fazer barulho. O dono da voz colocou-se encostado ao portão. Consegui perceber quem era: o suposto Sean! Como é que ele descobrira que eu estava ali? Naquela hora, naquele preciso momento? Será que ele tinha descoberto o meu plano e o da Vi? O meu coração começou a acelerar sem parar, assim que pensei nesta hipótese. A minha mente dizia-me que era para eu correr e fugir, mas não podia deixar a Vi naquele sítio, pois a culpa dela lá estar era minha, em parte. Tentei manter-me calma e não deixar o meu estado de apavorada subir ao de cima.
            - O que estás a fazer aqui a fazer? – Perguntei, pedindo para que a voz a tremer fosse só minha impressão.
            - Eu perguntei primeiro! – Afirmou como se fosse o dono do mundo. – O que estás aqui a fazer?
            - Escuta-me eu não tenho tempo para ti! Tenho uma coisa importante para fazer.
            - O que pode ser mais importante do que a morte do teu avô?
            Recuei um passo para trás. Então era mesmo ele. Belisquei-me para ter a certeza de que não estava a sonhar e de que aquilo estava mesmo a acontecer. Estava acordada. Não conseguia esconder o meu medo. Como é que ele sabe? Será que foi ele que matou … Não, não! Ele não faria isso … pois não? Estava tão assustada que nem conseguia pensar direito. As minhas pernas fraquejaram. Tentei manter-me calma, mas parecia a ser impossível.
            - Como é que sabes que o meu avô morreu? – A minha voz denunciou-me. Estava carregada de medo.
            Não lhe conseguia ver a cara, mas sentia o seu perfume. Tinha a quase a certeza que ele esboçou um sorriso.
            - Estás com medo Nicole? – Perguntou.
            Não respondi.
            - Estás com medo de mim?
            Recuei mais um passo. Não respondi, mas a resposta era óbvia: Sim! Um sim bem grande, o maior que podia haver. Para meu azar o telemóvel começou a vibrar. Agarrei-o a desejar que para não ser a Vi. E sorte! Era a minha avó.
            Atendi. Conseguia sentir os olhos dele a seguir todos os meus movimentos.
            - Sim? – Tentei colocar alguma força na minha voz.
            - O teu colega já está contigo?
            Colega? Mas que colega ela estaria a falar? Como é que ela sabia do Sean? Tantas perguntas na minha cabeça. Não conseguia raciocinar bem. Ainda por cima, o Sean começou a caminhar na minha direcção, fazendo-me mais fraca.
            - Querida, estás aí?
            - Estou sim. Estás a falar de que colega?
            Não me conseguia mexer, estava paralisada e o Sean continuava a caminhar para mim, diminuindo a distância entre nós cada vez mais. Senti o meu coração a bater ainda mais depressa.
            - Aquele que tinha o cabelo escuro. Eu já me tinha cruzado com ele uma vez juntamente com o teu avô. Descobri que foi ele que o ajudou. Tinha-me esquecido completamente do nome dele. Eu bem sabia que o nome Sean não me era estranho! Seja como for, eu pedi para ele te acompanhar a casa da Violeta.
            - Como? – Foi a única coisa que se soltou da minha boca. O Sean tinha parado a alguns 15 centímetros de mim. Tentei manter mais uma vez a calma e mais uma vez não estava a ter resultado.
            - Nicole está de noite e ele parece ser um bom rapaz.
            - Parece, não signifique se seja! – Gritei. – Eu não acredito … - Respirei fundo. O meu olhar cruzou-se com o de Sean. – Adeus.
            - Nicole, ele está contigo?
            - Sim. – Disse baixo e desliguei.
            Empurrei-o. Estava perto de mais! Quem é que ele pensara que era? Como é que conhecera os meus avós? E no meio de tantos, porquê os meus?
            O meu coração acelerava cada vez mais. Estava para arrumar o telemóvel dentro da mala, quando a Vi telefona-me. Agora não!, pedi para dentro.
            O Sean caminhou para mim, outra vez. Empurrei-o, mas ele agarrou o meu braço, impedindo-me. Desta vez, conseguia ver bem aquele sorriso encantador. Tinha de admitir, sempre que ele fazia aquele sorriso estampado naquela cara, dava-me vontade de agarra-lo, mas não podia ser! Ele estava-me a tentar seduzir – e por muito que me custasse admiti-lo: estava a conseguir.
            - O que estás aqui a fazer? – Perguntou outra vez.
            Não lhe respondi. O telemóvel deixara de vibrar. Tinha de ir ajudar a Vi, não podia estar a perder tempo com o idiota do Sean. O telemóvel voltou a vibrar, era outra vez a Vi e desta vez tinha que atender. Ela parecia estar aflita.
            - Sim. – Tentei largar o meu braço da mão de Sean, mas não conseguia, era óbvio que tinha mais força que eu.
            - Onde estás? – Falou ainda mais baixo do que a última vez.
            - Não te consigo perceber muito bem.
            E ela desliga o telemóvel ou ele desligou-se. Ela podia estar em apuros dos grandes e eu não iria ficar de braços cruzados. Finalmente conseguira largar-me de Sean e fui em caminho do portão – que para minha sorte estava aberto por causa da reunião dos professores. Entrei a direito e nem olhei para trás. Tentei entrar dentro da escola, mas todas as portas estavam fechadas. E mais um azar! O Sean seguia-me. Perdi o resto da paciência:
            - Podes deixar-me em paz? – Gritei com todas as forças que tinha, mas ele puxou-me para ele, tapando-me a boca.
            Estava completamente presa nos seus braços. Sentia o seu perfume intenso e conseguia claramente ver os seus olhos: negros sem dúvida alguma. Fez mais um sorriso dos seus. Sentia o seu corpo quente. Como é que pode estar quente? Estava em camisa de manga curta, mas mesmo assim estava quente. Sentia-me atraída por ele, mas algo dentro de mim dizia-me claramente para o largar, mas eu não queria, o sentimento de atracão era muito maior. Gostava de estar presa nos seus braços, gostava de estar junto a ele. Não! Não! O Sean é má pessoa!, disse para mim mesma. Tentei separar-me dele, mas ele me prendeu ainda mais, encostando-me ainda mais a si. Mal conseguia respirar de estar tão apertada. Sentia a sua respiração ofegante, os seus lábios estavam quase perto dos meus e cada vez mais perto. Não!, tentei dizer, mas não conseguia.
            Parecia que a Vi estava na secretaria mesmo em cima de nós, no segundo andar, pois abriu a janela. Rapidamente larguei o Sean, pois não queria que a Vi visse o rapaz de quem andávamos a coscuvilhar agarrado a mim.
            Ela meteu a cabeça de fora e falou:
            - Não queres gritar mais alto? – Olhou para Sean e não o reconheceu. – Quem é esse? Ele sabe que eu ando à procura do …
            - Não! – Interrompi-a.
            - Já me podes dizer o que andas a fazer? – Perguntou-me o Sean, olhando-me nos olhos.
            - Não tens nada a ver com isso. – Desviei o olhar para a Vi.
            - Mas quem é ele? – Vira o seu olhar para ele. – Quem és?
            - Chamo-me Sean, o da tua turma! – Disse.
            Não podia ser! Como é que ele tinha coragem de me fazer aquilo? Para mim: tinha de sair com ele, mas para a Vi disse sem mais nem menos. Semicerrei os olhos a ele, este vira-se para mim e sorri.
            - Não me digas que era assim tão importante saberes o meu nome? – Falou.
            - Não! – Menti em parte. Não era importante porque ele não me interessava nada, mas desde que ele falou para mim na aula de história não parei de pensar nele e depois quando perguntei-lhe o seu nome, como não me o dissera, pensei num milhão de nomes masculinos e qual o melhor que cabia a um espião.
            A Vi ficou de boca aberta. Recompôs-se e gritou de lá de cima:
            - Trouxeram corda?
            - Não. – Respondi.
            - Que tipo de salvamento é este? Como é que pensas-te que me irias tirar daqui?
            - Não sei. Não fazia parte dos meus planos ele conhecer a minha avó!
            Vi pareceu ficar confusa. E não era para menos.
            O segundo anda, não ficava tão alto. Mas saltar também achava que não era opção. No fim de contar á Vi que as portas da escola estavam todas fechadas ela começou a delirar, dizendo que tinha de saltar, apesar de ela saber bem que tinha medo das alturas…
            Quando vou a olhar para o lado o idiota do Sean tinha desaparecido. Onde é que foi? Nem me importei nem um pouco! Até ficou o ar mais leve, agora que ele já não estava lá, parecia que a pressão que estava no ar se tinha ido embora com ele, o que era bastante bom: Voltou à sua vida, finalmente!, pensei cedo de mais.
            - A porta abriu-se! – Falou a Vi em voz baixa para mim. – É o Sean, a gente encontrasse em frente do portão.
            E enfiou-se de novo dentro da sala, desaparecendo da minha vista. Comecei então a ir em direcção ao portão.

3 comentários:

  1. AEEEEEEEEEE *abraça Nina-chan* Bem-vinda de vooooolta, estou muuuuito contente, muito, muito, desculpe não ter comentado antes =C estava viajando e sem net =S, nyah! estou realmente muuito feliz =3
    beijiinhs

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  2. oh, eu li a página Okareni ^^, um de seus sonhos é vir para o Brasil? Vem siiim ^^ auhsauhs ^^
    ooooh bem legal a história baseada em the sims 3 ^^, mas bem eu quero ser uma adolescente =) (arranja algum adulto para viver comigo u.u), e quero que faça o que bem entender com ela ^^, vou deixar em suas mãos tudo, romances, problemas, futuro, se arranjarei um emprego de meio periodom ou não xD
    bem, a outra história também parece ser 10! que bom que j´estou participando, me sinto bem ^^, espero que possamos conversar pelo MSN logo ^^
    beijinhos

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  3. Tubo bem, Nina-chan?
    Aqui é a Mel... Lembra de mim?
    Saudades de você... Faz tanto tempo, né?
    Quando puder, passa lá no meu blog para a gente conversar, estou quase sempre on line lá.

    http://mysweetyfanfictions.blogspot.com/

    Beijos com asinhas de anjo para ti. ^^"

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